segunda-feira, 29 de março de 2010

Estações ...


Quando o inverno chega, as folhas das árvores caem e a única coisa que aparece são os galhos secos e retorcidos. Não há mais a beleza trazida pelas cores das folhas e das flores, apenas a feiúra dos galhos secos. Contudo, ainda que do lado de fora a visão seja feia e triste, do lado de dentro, a árvore continua viva. E a primavera, a estação seguinte, revelará a vida no interior da árvore através das novas folhas e flores que começarão a brotar.

A nossa vida é plena de estações. E todas elas são boas e importantes. As estações fazem a vida ser bela e colorida, cheia de diversidade e sensações. Na nossa vida, existem os períodos de verão e também os de outono; os períodos de primavera e também os de inverno. Esses períodos vêm e vão de acordo com o relógio de Deus para cada um de nós.

Agradeço ao Senhor pelas estações. Agradeço a Ele que nos dá não apenas o verão e a primavera, mas também o outono e o inverno! Que não somente revela, mas também trabalha em uma árvore com galhos secos e retorcidos! Que nunca nos rejeita a oração e nem aparta de nós a sua graça!

(Pr. Gustavo Bessa)

segunda-feira, 15 de março de 2010

Plantando doçura ...


"A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira." (Provérbios 15.1)

Relacionamento... Acredite! Esta palavra é motivo de arrepio e trauma para muita gente. Convivências difíceis, desencontros de opiniões, incompatibilidade de gênios, conflitos de gerações, intransigências, desrespeito, etc. Quem se propõe a viver com outra pessoa, seja o cônjuge, pais, amigos ou colegas de trabalho, certamente, encontrará em algum ponto do convívio grandes desafios e “sapos a engolir”. É inevitável que venham muitas decisões a se tomar, onde, pelo menos duas pessoas, terão ponto de vista diferente.

Existem aqueles que defendem cegamente suas razões, sem sequer avaliar o que outros possam propor como solução. Talvez por insegurança ou complexos e travas emocionais, tais pessoas jamais conseguem se libertar do rancor como resposta ou da exigência exagerada da cobrança de perfeição, tornando-se pessoas insuportavelmente amargas e infelizes.

Mas graças a Deus, este não é um caminho sem volta! E qual é o caminho de volta então? Existe algum segredo? Sem fazer mistério algum, a boa notícia é que, não somente a sabedoria dos textos bíblicos, mas também a testificação do Espírito do Senhor Jesus em nossas mentes, removem o véu que encobre a compreensão de como alcançar plena comunhão e pacificação no convívio com outras pessoas. Pode até ser que não sejamos totalmente perfeitos hoje, mas a fé e a capacitação para mudar de atitude vêm quando nos encontramos com a Palavra de Deus, dia após dia, e ela começa a fazer efeito verdadeiro nas nossas decisões.

Quando nos tornamos não somente ouvintes da Palavra, mas praticantes, somos irremediavelmente inspirados a tomar de volta o caminho do perdão, da reconciliação e da superação dos conflitos.

Certamente, ninguém que deseja colher uvas, plantará um espinheiro. Logo, quem deseja receber carinho, precisa plantar doçura, suavidade e principalmente amor. Quem planta maldade, colherá maldade; quem planta mentira, colherá mentira; quem manda embora amigos e pessoas queridas, colherá solidão; conseqüentemente quem semeia fidelidade e verdade jamais será surpreendido pelo fruto da injustiça.

Algumas vezes não prestamos atenção em nossas respostas ásperas, estamos tão centralizados e acorrentados às nossas questões pessoais e egocêntricas que não conseguimos perceber o quanto batemos cruelmente uns nos outros com palavras e atitudes. Uma vez eu ouvi dizer que quem bate esquece, mas quem apanha não. Esta é uma grande verdade! Mas o ensinamento de Jesus não é romântico, longe da realidade humana, ele é principio verdadeiro e justo para a vida ainda hoje, é confirmado pelo poder da ressurreição e Ele diz: "Como quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles." (Lucas 6.31)

O amor e o caminho do perdão quebram cadeias poderosas, removem barreiras e libertam de todo o medo! Se erramos não é preciso temer ou envergonhar-se de pedir perdão. O perdão precisa se tornar natural na nossa caminhada, do contrário a falta dele será um grande entrave na jornada. Na verdade o próprio Deus semeou amor e perdão em nós, Ele nos perdoou e amou quando ainda não merecíamos, certamente Ele deseja ver frutificando o mesmo tipo de atitude em nós. Mesmo sem encontrar motivação lógica ou emocional, quando semeamos perdão, colhemos do mesmo fruto.

Em um mundo repleto de pessoas sem graça e sem doçura, recheadas de amargura, dor e tristeza, somos convidados e chamados para semear a Palavra do amor, da generosidade, do carinho, da reconciliação, do perdão e doçura.

Quando entendemos que somos diferentes uns dos outros sim, que ninguém é obrigado a pensar do mesmo modo que a gente, que temos dons e talentos diferenciados; quando preferimos valorizar a opinião do outro, do diferente, daquele que, aparentemente, não tenha muita coisa a nos acrescentar ou ensinar, mas mesmo assim semeamos reconhecimento e valorização, com certeza colheremos honra, unidade e crescimento maduro.

Quem semeia no temor a Deus, colhe sabedoria. Quem vai semeando, mesmo na dificuldade, mesmo chorando, mas acreditando na Promessa, voltará colhendo seus frutos com alegria e satisfação.

"Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também colherá." (Gálatas 6.7)

(Blog Ovelha magra)